Até os idos dos anos 1990 e 2000, muitas farmácias e drogarias não possuíam profissionais realmente formados em cursos regulares de graduação em farmácia durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento.
A maioria desses estabelecimentos contavam com balconistas ou “atendentes de farmácia”, geralmente sob supervisão do um “Prático”, que nada mais era do que um atendente de farmácia com maior experiência.
A atuação do Prático de farmácia como responsável técnico foi permitida até 1931, tendo o Decreto nº. 20377/1931 encerrado a permissão.
Posteriormente, foi permitida a atuação do Técnico de Farmácia, profissional de nível médio que até 2014 podia responder exclusivamente por drogaria de sua propriedade. Clicando aqui e aqui você tem acesso a dois artigos sobre o Técnico de Farmácia.
Há cerca de dez anos, a atuação do Atendente de farmácia voltou à cena legislativa brasileira através de dois projetos de lei (PL 668/2011 e PL 3360/2012), que acabaram não evoluindo.
Podemos concluir que o Atendente de Farmácia não é um profissional novo no mercado, tendo apenas sua esfera de responsabilidades reduzida.
O mercado farmacêutico brasileiro é o 6º maior do mundo, segundo dados do relatório do IQVIA, que é uma empresa que basicamente audita o mercado farmacêutico, para educar cada um dos profissionais.
Assim, não é exagero prever que o Atendente de Farmácia possui, ainda, grande espaço para crescer no Brasil.
Atendente de farmácia
O Atendente de Farmácia é um profissional de suporte ao Farmacêutico, pois ele pode desempenhar diversas funções, desde a organização até o auxílio ao Farmacêutico na dispensação.
O Atendente ou balconista de Farmácia pode exercer atividades como:
– fazer a primeira leitura de receitas médicas;
– auxiliar na organização e limpeza de prateleiras;
– auxiliar a reposição de medicamento e produtos dispensados;
– auxiliar no controle de validade de medicamentos e demais produtos;
– auxiliar na organização e gerenciamento dos estoques;
– realizar vendas diretamente nos PDV’s;
– desempenhar o papel de suporte ao cliente;
– venda direta de cosméticos, entre outras.
Vale lembrar que o atendente de farmácia sempre deve ser supervisionado por um farmacêutico.
Não obrigação de formação na área para atuar como Atendente de Farmácia. Não obstante, a maioria das empresas exigem ensino médio completo.
A hipótese ideal é de que o Atendente detenha ao menos conhecimentos básicos sobre medicamentos, as diferenças entre medicamento de referência, genéricos e similares, além de praticar um bom atendimento ao cliente.
A realização de um curso de Atendente de Farmácia também não é obrigatória, mas certamente é um diferencial.
Como todo emprego não regulamentado, o salário percebido pelo Atendente de Farmácia é negociado entre os sindicatos laboral e patronal de cada região, não podendo ser inferior ao mínimo regional.
O que se vê na prática é um salário acima do mínimo legal em todas as regiões.
Os benefícios como vale transporte e vale refeição também são obrigatórios como em qualquer profissão, podendo haver participação nas vendas e até mesmo descontos em medicamentos.
A jornada e os horários de trabalho variam bastante, já que muitos estabelecimentos farmacêuticos trabalham em regime ininterrupto de 24h, mas sempre deve respeitar o limite diário de 10 horas e o semanal de 44 horas.
Os Atendentes de farmácia estão aptos a trabalhar em farmácias, drogarias e, ainda, na qualidade de servidor público, por meio de concurso, que não são poucos, principalmente em municípios, onde o salário costuma ser maior se comparado com a remuneração do setor privado.
É importante destacar que a profissão de Atendente exige extrema responsabilidade, já que este profissional está lidando com a saúde dos pacientes, de forma que informações incorretas ou equivocadas podem colocar em risco a vida dos mesmos.
O mercado de varejo farmacêutico está em franca expansão, de forma que sobram vagas para esse tipo de profissional.
Não há necessidade de realização de qualquer curso obrigatório de Atendente de Farmácia, mas a maioria das empresas exigem segundo grau completo e certo conhecimento na área, de forma que a realização de um curso nessa área pode ser um diferencial na contratação.
Sucesso!
Assista nosso vídeo sobre o assunto:
